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Antes da Andorinha

Eu, Maria Moema Alves Guimarães e Sandra Druet começamos um grupo no Facebook "Como queremos a dança em Araraquara? Tinhamos como objetivo conversar, encontrar acordos e por em prática ações de dança na cidade. Infelizmente o tempo foi mostrando a fragilidade da autonomia dos artistas, que prefiriram ter um carrasco na liderança para assumirem o papel de vítimas ou vestirem a armadura do Dom Quixote das Laranjas. Talvez seja um erro meu, apenas estão escolhendo prioridades e lutar pela dança seja uma ação inútil. Em todo caso, numa conversa há o tempo de ouvir e o tempo de falar. Fiquei muito tempo quieta pelo bem do grupo, cansei de engolir sapo. 

Aqui havia nossos textos e sínteses das reuniões. Agora há apenas minha visão. Conservarei no blog as publicações autorizadas dos amigos.

 Porque Andorinha

Alguém comentou que a plateia de dança em Araraquara são sempre os mesmos gatos pingados. Na hora não prestei atenção em quem falou, minha cabeça fugiu para 1984 quando acompanhei os ensaios da peça " Andorinha Sinhá e o Gato Malhado" de Jorge Amado. Aquela lembrança boa de infância, de ver da coxia o teatro nascendo ficou no meu coração.

Em Portugal, eu e Sofia Matos gostamos de comparar dançar com voar. A sensação de liberdade, de deixar ser levado pelos sonhos, de sentir o vento. Eu apareço do outro lado do mar quando não há mais sinal de inverno, vou e fico no verão.

Sinhá é o nome da minha bisavó que também batiza o Espaço Cultural dirigido pela minha mãe e minha irmã.

É assim, de associações afetivas que vôo, sem me esconder num grupo, vou ficar em monólogo e é claro que os amigos pingados vão junto, se quiserem.

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